On the guilt of Agamemnon, by Lloyd-Jones: a problematic of Ate and Zeus intervention
Palavras-chave:
Agamémnon, Ésquilo, Culpa, AteResumo
O presente artigo aborda a Ate e Zeus na tragédia de Ésquilo de acordo com o tratamento de Hugh Lloyd-Jones em seu artigo “The Guilt of Agamemnon”. A tese principal de Lloyd-Jones propõe que a culpa de Agamémnon deriva em última instância do reconhecimento de Zeus sobre da maldição dos Átridas. Ele chega a esta conclusão por reduzir drasticamente o livre arbítrio de Agamémnon, considerando que suas escolhas não foram feitas com a consciência clara, mas sim tomado por Ate, a qual fora enviada por Zeus para atordoar o herói. Lloyd-Jones propõe a intervenção de Zeus como fundamentada na maldição familiar. Apesar de seu artigo, em vários aspectos, possuir uma boa abordagem da tragédia, rejeito a tese de Lloyd-Jones embasando-me no texto de Ésquilo e na ausência de fundamento textual suficiente para peso à sua interpretação. Pretendo justificar minha posição demonstrando que as inclusões de Ate feitas por Lloyd-Jones não podem resultar em uma boa interpretação acerca das escolhas de Agamémnon nas passagens do Sacrifício de Ifigênia e da caminhada sobre a tapeçaria púrpura. Ao ler as tragédias de Ésquilo devem-se levar em consideração os antecedentes épicos como conhecimento de fundo com o qual ele dialoga constantemente – com os quais nem sempre de acordo. Ao final, sugiro que Zeus ainda é de fato o principal maestro dos eventos da peça, mas a culpa de Agamémnon permanece também como uma parte de seu próprio caráter; e sugiro que ele faz sua parte na construção de seu destino trágico de modo consciente.
Abstract
The proposed paper addresses Ate’s and Zeus’ interventions over Agamemnon according to Hugh Lloyd-Jones’s treatment in the paper “The Guilt of Agamemnon”. Lloyd-Jones’s main thesis is that Agamemnon’s guilt comes ultimately from Zeus’ acknowledgment of the Atreidae curse. He reaches this conclusion by reducing Agamemnon’s free will, considering his choices not made by clear continence but taken by Ate, sent by Zeus to stun the hero. Lloyd-Jones reduces the god’s intervention to be fomented by this single cause. Although his article has in many aspects a good approach of the tragedy, I reject Lloyd-Jones’s thesis by basing myself on Aeschylus’ text and the absence of enough textual evidence to give weight to his interpretation. I intend to substantiate my position showing that Lloyd-Jones inclusions of Ate cannot give a good interpretation on Agamemnon’s choices in the passages of Iphigenia’s Sacrifice and the stroll over the purple tapestry. On reading Aeschylus’ tragedies one must take in consideration the previous epics as background knowledge that he constantly dialogs with – but not always in agreement. In the end, I suggest that Zeus is still the main planner of all events but Agamemnon’s guilt remains also as a part of his own character and that he consciously play his part on building his tragic fate.
Keywords: Agamemnon, Aeschylus, Guilt, Ate.
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Referências
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